terça-feira, 6 de julho de 2010

resta um

Passados 27 dias do início da Copa do Mundo, nos vemos diante de presenciar o último movimento de um complicado jogo que a maioria de nós jogou quando éramos menores: resta um. O jogo se caracteriza, basicamente, por deixar permanecer, ao final das jogadas, apenas 1 peça no tabuleiro. Aquela que sobreviveu às investidas adversárias e sagrou-se vencedora.

Assim como a Copa do Mundo. Neste momento, depois das classificações de Holanda e Espanha o último movimento é estrategicamente pensado, em um confronto que já tem local, dia e data marcada: domingo, 11 de julho de 2010, às 15h30 (horário de Brasília), no estádio Soccer City em Joanesburgo.

Depois de uma classificação heróica contra Gana, o time do Uruguai não foi páreo para os descendentes da Laranja Mecânica. Desfalcados de Lugano machucado, e Fucile e Suárez suspensos, restou a Forlán a tarefa de conseguir uma nova vitória. Apesar de jogar bem e não temer a Holanda, a equipe uruguaia, com destaque para Forlán e o volante Arévalo, acabou derrotada por 3x2 e volta ao Uruguai parando nas semifinais, o que não ocorria desde 1970. Já a Holanda não repetiu a mesma atuação diante do Brasil, nem o que vinha apresentando ao longo da Copa. Encontrou dificuldades para criar as jogadas, e o jogo acabou sendo decidido no diferencial das duas equipes, e que acaba por deixar muitas equipes no quase: o talento. Enquanto o Uruguai contava com a boa fase de Forlán, isolado tentando criar e finalizar as jogadas, a laranja atacava com os eficientes Robben e Sneidjer, o que acabou por sagrar a equipe mais qualificada tecnicamente como a primeira finalista do Mundial de 2010.

Na "final antecipada" entre Alemanha e Espanha, vimos uma Alemanha muito diferente daquela do restante da Copa do Mundo: a equipe talentosa e ofensiva sumiu, entrando em campo uma equipe apática, sem vontade de vencer, e com seus dois principais jogadores, Özil e Schweinsteiger, sumidos em campo. Também pode ser creditado à Alemanha a tranquilidade que a equipe deu para a Espanha fazer o que mais gosta, ter a posse de bola e trocar passes. Com uma alteração no esquema da equipe, David Villa saiu de sua função de ponta esquerda e ficou centralizado no ataque, sempre acompanhado pelos meias que subiam ao ataque, facilitados pelos espaços deixados pela Alemanha. Em um destes espaços, saiu o único gol da partida, marcado de cabeça pelo zagueiro catalão Puyol.

Teremos, assim, um novo integrante na galeria de campeões mundiais: a Holanda, depois de 32 anos, volta a uma final de Copa do Mundo, e a Espanha chega na sua primeira decisão. Ao final da tarde do próximo domingo, só uma restará no tabuleiro da Copa do Mundo.

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