sexta-feira, 28 de maio de 2010

the damned united

Fazia tempo eu procurava um filme bom sobre futebol.

Sempre é complicado misturar cinema e esportes: a maioria dos filmes envolvem algum animal jogando basquete, um campeonato de futebol americano onde no final se descobre que o melhor jogador do time é uma mulher. Enfim, essas coisas bizarras.

Quando acertam a mão, bons filmes saem. Coach Carter pra mim é o melhor, mesmo falando de basquete. O que falta é um filme bom sobre o futebol. Não o americano, com aquela bola oval, mas o original: o único e verdadeiro, o bretão. Hooligans tentou, e de certa forma conseguiu. Mas até ontem, eu não havia visto um filme que retratasse tão bem o futebol. Até ontem.

The Damned United (Reino Unido, 2009, 97 minutos) conta a história de Brian Clough, um dos maiores artilheiros da história do futebol inglês, e considerado por muitos como um dos melhores técnicos da história do futebol. O filme retrata o período de 40 dias em que ficou à frente do comando do Leeds United.

Ganhou notoriedade dirigindo o pequeno Derby County, pelo qual levou o campeonato inglês da temporada 71/72. E foi finalmente coroado como manager do Nottingham Forest, onde conquistou o campeonato inglês de 77/78 e foi bicampeão da Champions League nas temporadas 78/79 e 79/80.

Em um mundo onde Guardiolas e Mourinhos são considerados gênios por conquistarem títulos e dirigirem elencos milionários de clubes muito bem estruturados, vale a pena conhecer um pouco a história de Brian Clough. Pra quem gosta do futebol em sua essência, é quase tão bonito quanto um carrinho na chuva.

Até...

domingo, 9 de maio de 2010

gurizada vs. meninos

Passadas as estreias de Grêmio e Santos pelo Campeonato Brasileiro, posso publicar aqui um texto pensado logo após o jogo da última quarta-feira contra o Fluminense, pela Copa do Brasil. Não publiquei antes porque, antes do confronto com o Santos havia o confronto contra o Atletico-GO, outro semifinalista da Copa do Brasil.

Bueno, agora só o que se discute é o jogo entre os Meninos da Vila e a Gurizada do Olímpico. Sim, porque se o Santos possui jovens talentos, o Grêmio também os possui. As diferenças começam nas características dos jogadores (e também dos clubes): os santistas tem bons meio-campos e atacantes, enquanto os gremistas possuem zagueiros e volantes que estão se destacando.

Seria então, um confronto entre ataque x defesa? Técnica x raça? Não necessariamente. O esquema implementado pelo técnico Silas foge um pouco da tradição gremista, de times de pegada, forte marcação e jogadas ensaiadas. Em seu lugar, entrou um esquema de jogo ofensivo, que procura sempre estar no campo do adversário, atacando e pressionando. Alia técnica e poder ofensivo, com disciplina tática e marcação apurada.

Se dará certo contra o time mais badalado do Brasil é outra história. O Santos faz muitos gols (106 em 32 jogos, média de 3,31 por partida), porém nos últimos jogos o time vem tomando muitos gols também. E, em se falando de Copa do Brasil, gol fora de casa determina classificação ou eliminação.

Então, chegou a hora de medir forças e dar um sotaque a essa Copa do Brasil. Ou passam os Meninos da Vila Belmiro, ou que avance a Gurizada do Olímpico. Primeira parada dia 12 de maio > 21:50 > Porto Alegre > largo Patrono Fernando Kroeff > Estádio Olímpico Monumental. Que vença a melhor equipe. Ou a mais ajeitada.

Até...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

¿que pasa?

O que acontece com o time do Inter? Porque não consegue sustentar no segundo tempo, uma postura vitoriosa conquistada no primeiro tempo? Porque não consegue mudar de postura quando é necessário uma resposta? E quando consegue resposta, é contra um time consideravelmente fraco, e nada de reviravoltas contra grandes times. Porque não consegue impor uma face de raça e bravura nas suas partidas mais decisivas? Pra mim falta ao time do Internacional um líder. Mas eu digo como um LÍDER, aquele que coordena, que ensina, que apoia, que sofre junto, que vibra junto, que sente a dor de uma pancada junto com o jogador, que sente a emoção de um gol junto com o jogador, aquele líder que é espelho, que é exemplo, que é referência! Um técnico não é um líder apenas por ser o treinador da equipe. Ele o é pois agrega todas essas características. E Jorge Fossati nunca teve essa postura no Beira-Rio. O elenco precisa do 'professor' para que as coisas andem, e no momento, tal figura é extinta no Gigante. Logo, com falta de liderança do treinador, a liderança dentro do grupo se abala também. Nosso capitão faz o que pode, dá o apoio necessário... mas em tempos assim, não é o suficiente. A torcida também apoia, canta, grita, briga... mas em tempos assim, não é o suficiente. Ei professor, acorda! Tu não estás num time qualquer, construimos um time vencedor! Não afunde o Clube do Povo!